terça-feira, 13 de setembro de 2011

Plebiscito: A inviabilidade econômica...

Começou hoje no Pará a campanha oficial para o plebiscito sobre a proposta de divisão do estado. No dia 11 de dezembro, os eleitores paraenses irão às urnas decidir de aprovam a criação dos estados de Carajás e Tapajós. 
São liberados comícios, trios elétricos, distribuição de material, uso de alto-falantes em locais públicos e publicidade na internet. A propaganda em emissoras de rádio e TV locais só começará em outubro. Showmícios, outdoors e entrega de brindes estão proibidos.
Um forte argumento, a meu ver, contra a criação desses estados é a insustentabilidade financeira de ambos. Os valores estimados apontam para um total de gastos estaduais de R$ 1,9 bilhão no Estado de Tapajós e de R$ 3,7 bilhões no caso de Carajás.

Um ponto que merece ser frisado é que esses gastos acima citados dizem respeito apenas ao funcionamento regular dos governos estaduais e não computam os gastos necessários à construção da infraestrutura para seu funcionamento (sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; sede do Ministério Público; equipamentos para as secretarias de governo; etc.).
As informações não pretendem menosprezar os anseios das populações locais por melhores serviços públicos e qualidade de vida. Muitos dos habitantes dessas regiões se sentem negligenciados pelo governo estadual, em muitos casos com razão. O fato de o Pará ter amplo território faz com que a distância entre Belém e os rincões mais longínquos muitas vezes seja um obstáculo para a boa governança necessária ao desenvolvimento local. É inegável que governos mais próximos da população seriam mais responsabilizáveis e que as regiões seriam beneficiadas pela criação dos respectivos estados.
No entanto, podem existir razões menos nobres, de maior ou menor legitimidade por trás das proposições de criação destes estados. Dentre elas a criação de inúmeros novos cargos eletivos e de confiança que permitiriam uma diluição da concorrência política por posições públicas.
Enfim, a inviabilidade econômica é apenas mais um, de muitos argumentos, de que a divisão não é o melhor caminho para o crescimento e desenvolvimento da população do Estado do Pará. O caminho certo é uma melhor gestão dos recursos por parte de nossos governantes e que, os nossos legisladores, também, sejam mais aplicados a favor da população no seu importantíssimo trabalho na Câmara Federal, na Assembléia Legislativa do Estado do Pará e nas inúmeras Câmaras de Vereadores em nossos municípios.

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